Em 11 anos uma mulher aprende muito e é obrigada a lidar com os erros do passado. A minha história não é certamente diferente a milhares de histórias de outras tantas mulheres que se dedicam de corpo e alma a um ideal de familia, a um homem que mais tarde demonstra não merecer o repeito e dedicação que lhe dedicaram.
Quando decidi ter uma vida em comum com pai da minha filha, ele tinha saido de um divórcio amigável e por comum acordo , e eu contra avisos de todos os que me rodeavam, pensei ter encontrado o homem da minha vida .
Como me iludi...pois os seus hábitos de vida nocturna e traições nunca foram abandonados e cedo percebi que nada representava na vida dele.Não, minto, eu representava o lugar onde vinha tomar banho, mudar de roupa comer e descansar.E quando depois de um primeiro filho que perdi aos 3 meses e meio de gestação, voltei a engravidarnunca imaginei o sofrimento que me esperava!,
Sofri muito durante a gravidez. Desde insultos , humilhações, e até agressões fisicas de um homem que eu achei um dia ser o meu grande amor, um ser honesto e respeitador !
Desde a exigencia de um aborto até ao facto de ser obrigada a suportar traições e solidão, sózinha, enfrentando desde o quinto mês uma gravidez de risco, tudo enfrentei por amor á minha filha.
Quando nasceu, tudo esqueci com a imensa felicidade que experimentei, mas logo se adivinhava um futuro sombrio.Pouco tempo depois , quando pedia ao pai da minha filha um pouco de ajuda, um poco de atenção para a bébé, ajuda monetária, em resposta ouvi" ela nasceu porque tu foste irresponsavel, por isso a responsabilidade de a criares é só tua!" E as longas noites sózinha com aminha filha enquanto ele se divertia com as amigas , as idas frequentes ao hospital , sempre sózinha ou com a familia materna , enfim , um pai sempre ausente, ignorando a filha , para quem ela só começou a ser importante após a sepação !
Ninguém imagina o sofrimento e dificuldades que enfrentei para criar a minha filha sózinha sem o apoio do pai.
Quando eu exigi que ele abandonasse a minha casa, ele saiu, mas prometeu vingança ! E está a cumprir!
Começou uma guerra terrivel, em tribunais, recusando o diálogo e a compreensão que o poderiam aproximar da filha.
Apesar de usufruir de rendimentos (não declarados) , é apoiado pela segurança social que lhe paga a advogada desde 2004, bem como todas as despesas em tribunal!
Apesar de não ter motivos , ele inventa incumprimentos e vitimiza-se perante os tribunais e as pessoas.Desde 2004 que afirma não trabalhar, vendeu o que tinha e colocou o carro em nome da actual companheira, tudo para fugir ás suas obrigações de pai.
Ele ameaça, grita, faz escandalos , e não se importa de o fazer diante da filha.
A pequena com 8 anos, já compreende e agora até na escola se recusa a falar com ele.
E claro, a culpada é a mãe que a impede! Como se a eu fosse a culpada de tudo o que acontece!
A ideia e argumento da Alienação Parental é aqui usado como único argumento e justificação para tudo.
Mas como é possivel alienar um pai que se alienou e da vida da filha? Volunt´riamente e em nome da diversão e prazer...
E, não se dá conta que a agressão, a violencia e intolerancia o afastam cada vez mais da pequenina?
Eu, pensando na minha filha, esqueci as agressões fisicas e psicologicas que sofri durante o tempo que com ele vivi, e hoje, casada, esperava ter um pouco de paz e estabilidade para a minha filha.No entanto ele continua a insistir nesta guerra que só tem perdedores e principalmente a nossa filha sofre e irá sofrer toda a vida.
Nunca por um momento tentei ou influenciei a minha filha para não ir com o pai, mas como explicar e obrigar a minha filha? Bem tento, mas na opinião do pai a solução é a gnr ir buscar a menina e obrigá-la a ir ...mesmo á força!
Será que uma estranha( amiga do pai) tem o direito de bater na minha filha como aconteceu? E as conversas que ten com a filha apenas para falar mal da mãe? Será que este pai não se interroga do efeito que estas conversas tem na cabeça da filha? E é a mãe a culpada?
E as idas de férias? Apesar de as solicitar e até invocar incumprimentos, nunca por uma única vez este pai foi á minha porta para a leavar....mas no entanto diz qe sim e exige que a mãe pague multas por um incumprimento inventado!Usa a filha para obter vantagens financeiras , exigindo á mãe o dinheiro que serve para criar a filha porque ele nunca ajudou a fazê-lo! Que dizer?
E hoje, num blog da nossa cidade, inventa histórias, chama a mãe de prostituta de luxo, de vigarista, ladra entre muitas outras coisas!
Chegou ao ponto de dizer que eu exigi mais dinheiro em troca de fins de semana com a filha!
Parece-me que está desesperado e não só ...está fragilizado e doente, porque só alguém muito doente tem estas atitudes!
Nunca em tribunal lhe exigi dinheiro, nunca impus qualquer condição ou condicionalismo para que a filha vá com ele nas poucas vezes em que se dirigiu a minha casa para a levar...
Lamento que tenha um ódio tão grande pela mãe da filha dele e não saiba distiguir as coisas , não tenha a noção do mal que faz a toda a gente , principalmente á nossa bébé.
Hoje, recebi mais uma carta do tribunal.Em Março, mais uma ida ao Tribunal, e mais invenções, mentiras , agressões, indefinidamente....
Será que isto não acaba? Pois, só quando o pai entender que as crianças amam a quem as ama, repeitam quem as respeita e cuida, e um pai não é só pai porque teve uma horas de prazer com a mãe...
Pai ama, pai cuida, pai defende, pai está presente...sempre e não só quando lhe dá geito.
Pai acalma, pai ensina e está lá desde o berço, e não só quando os filhos já não dão trabalho. Pai mima, pai ajuda ...e não deixa nunca a responsabilidade nos ombros do outro!
Pai compreende e é tolerente ensinando essa tolerancia.
Isto é o que um filho precisa...
Não vou alongar-me mais pois por hoje já chega de recordar e pensar no que de pior aconteceu na minha vida.Em todas as desgraças ...existe uma coisa boa.
Todo o sofrimento , vale a pena porque eu tenho a coisa mais preciosa do mundo...a minha filha . E por isso eu estou grata ao pai da minha filha.